As 6 guerras mais bizarras da história
1 – A guerra mais curta da história
A Guerra Anglo-Zanzibar se deu entre o
Reino Unido e Zanzibar (foto acima) e foi iniciada em 27 de agosto de
1896 e terminada na mesma hora.
A guerra durou apenas 40 minutos e é
considerada a mais curta da história. A causa foi a morte do sultão
Hamad bin Thuwaini (pró-britânico), no dia 25 de agosto do mesmo ano,
com a sucessão imediata de Khalid bin Barghash. Os ingleses preferiam
Hamud bin Muhammed como sucessor.
O problema foi que, de acordo com um
tratado assinado em 1886, apenas o candidato que tivesse a permissão do
cônsul britânico poderia ascender. Os britânicos enviaram um ultimato a
Khalid, que respondeu mobilizando sua guarda dentro do palácio.
Os britânicos enviaram três cruzadores,
dois navios de guerra, 150 fuzileiros navais e 900 zanzibaris na área
portuária. Resumo da história: em menos de 40 minutos a guarda do sultão
havia sido abatida e Hamud assumiu o poder.
2 – A guerra mais longa da história
A contraponto, a guerra mais longa da
história teve bem menos fatalidades do que a mais curta. Conhecida como
“A Guerra dos Trezentos e Trinta e Cinco Anos”, a guerra entre os Países
Baixos e as Ilhas Scilly (foto acima) não registrou um único disparo e
nenhuma vítima ao longo dos séculos.
A guerra foi iniciada em 1651 e durou
até 1986. O estado de guerra entre as partes, no entanto, era apenas
teórico. Como havia uma certa obscuridade da declaração de guerra de uma
nação contra apenas uma pequeníssima parte de outra, a paz nunca havia
sido declarada, até 1986.
3 – A guerra da bandeira
Em 1844, o Reino Unido colonizava a Nova
Zelândia. Como símbolo do seu poder, um mastro de bandeira com as cores
britânicas foi colocado sobre as terras de Kororareka, na baía de
Island.
Mas o valente Hone Heke decidiu que
aquela bandeira era uma afronta a seu povo e, sem que ninguém
percebesse, a cortou. Os britânicos colocaram uma nova bandeira no
lugar, mas o insistente Heke cortou-a novamente. Uma terceira vez a
bandeira foi erguida, e Heke continuou com seu plano, cortando-a mais
uma vez.
Já não muito contentes, os britânicos
levantaram uma quarta bandeira, dessa vez mais bem protegida. Em março
de 1845, Heke então liderou uma “revolta dos maori” e, com guerreiros da
tribo Ngapuhi, atacou as tropas britânicas e finalmente cortou a
bandeira pela quarta vez.
Os conflitos duraram 10 meses e ao final
os britânicos conseguiram conter a revolta dos maori. Ainda assim, o
episódio é lembrado como tendo sido ocasionado, ao menos de forma
simbólica, por uma bandeira.
4 – A guerra sem tiros de Líjar
Líjar é um pequeno município da Espanha, na província de Almería, que em 1883 declarou guerra à França.
Tudo aconteceu porque o rei espanhol
Afonso XII visitou Paris e foi insultado e atacado por parisienses.
Furioso com a atitude, Dom Miguel Garcia Saez, prefeito de Líjar à
época, declarou guerra contra a França.
Nenhum tiro foi dado e nenhuma morte
aconteceu, mas a suposta guerra durou 98 anos até 1981, quando o rei
espanhol Juan-Carlos viajou a Paris e foi tratado com cordialidade pelos
franceses. O prefeito de Líjar comentou então que, pela excelente
atitude dos franceses, a paz estava novamente declarada.
5 – A guerra dos emus
Em 1932, a Austrália travou uma guerra contra um inimigo desarmado. Na verdade, ele não era nem humano.
A população de emus estava crescendo
absurdamente na Austrália e mais de 20 mil animais corriam soltos pelo
distrito de Campion, causando inúmeros danos. A Austrália enviou o
exército, armado com metralhadoras e chegaram a declarar guerra aos
emus.
Como se isso não pudesse ficar mais
bizarro, depois de cerca de uma semana o Major Meredith, que comandava
as tropas, desistiu da guerra pela baixa efetividade da ação. Os emus,
resistentes, depois de tomarem um tiro, saiam correndo e escapavam. Sim,
a Austrália perdeu a guerra contra os emus.
6 – A guerra do futebol
Se o futebol em geral tenta promover o
fair play e a paz entre nações durante a Copa do Mundo, isso não foi bem
o que aconteceu em 1969. El Salvador e Honduras já vinham de uma
relação política bastante instável, quando as seleções dos dois países
se enfrentaram em três partidas seguidas durante as eliminatórias da
Copa de 1970.
Durante as partidas, torcedores e
imigrantes foram perseguidos e assassinados. Os dois países então
romperam relações diplomáticas e declararam guerra em 14 de julho de
1969. A guerra durou apenas 4 dias, até que a Organização dos Estados
Americanos (OEA) negociou o cessar-fogo.